sábado, 30 de julho de 2011

Então os dois se acharam sem nunca terem procurado um ao outro. Caminharam de mãos dadas mesmo quando reinava a dúvida de que talvez isso não seria a coisa certa a se fazer. Em se tratando daqueles sentimentos, fazer a coisa certa não era de fato, o mais importante. Passaram juntos por todos os medos de jogar no lixo uma amizade, de magoar pessoas, de saírem magoados. Passaram pelos medos que uma descoberta é capaz de trazer. E depois, pelo prazer que só uma descoberta traz. Sentaram juntos um dia desses, em frente ao lago. Foi ali que tempos atrás entregaram um ao outro o seu coração. Entregar um coração é coisa muito séria, viu? Mas não se arrependem nunca de tê-lo feito. A amizade que construíram é ainda mais bonita que as flores ao redor do lago. É sobre ela que puseram todos os sentimentos que vieram depois... Ontem pela manhã, o assunto do café era a cortina azul da sala. Ele acha que está perfeita, ela prefere que seja lilás. Não discordam só a respeito de assuntos banais; tem opniões diferentes sobre tantas outras coisas que sempre há algo para ser conversado ou discutido. Não caem no tédio de concordar em tudo, de gostarem só dos lugares que o outro gosta, de admirarem só o que o outro admira. À noite, depois de trocada a cortina, sentaram-se no tapete. Ela dizia que o adereço novo mudou tudo! Ele dizia que o sorriso dela é coisa muito mais linda que o lago, as flores, a cortina.
Faz tanto tempo que não posto nada que vou prometer aparecer logo. Também gostaria de mudar o nome do blog e acabar com o apego que tenho a esse. Sugestões?