quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Lugar de ser

# Era úmido ali. A mata quase se fechava sobre a estradinha e, como ainda havia muita névoa, o caminho se tornava sombrio. Fazia frio, muito frio. Fecharam as janelas. Vidros embaçados, mal se enxergava o caminho à frente e os três carros seguiam devagar, pelo chão de barro escorregadio. Risadas nervosas cortavam o silêncio. De repente, Luiza viu surgir o vale à sua frente, deslumbrante. Era cheio de sol, cercado de montanhas sombrias por todos os lados. A trilha úmida terminava de repente, desembocando em toda aquela luminosidade que quase cegou. A casa, daquelas antigas, com varandões em arco e janelas pintadas de azul colonial, ficava a um canto. À frente, estendia-se o gramado, cheio de troncos com bromélias e alguns arbustos. Era um vale em meio às montanhas cobertas por mata fechada, num lindo contraste.

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