quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Pressa

Acordo às 7:30 h e tomo um café correndo. Literalmente, no calçadão. Sempre gostei desse papo de respirar ar puro, seja lá o que for isso. É quase hora de estar no estágio. Faço o caminho inverso e quase sem ar, lembro que o elevador quebrou. É preciso retornar de escada ao meu apartamento, que aliás já esqueceu o conceito de organização. Entro, tomo um banho breve, procuro uma roupa 'melhorzinha' no armário e visto. Odeio batom, mas uso. Todo mundo usa e eu não gosto de me sentir excluída. Desço novamente correndo e procuro meu carro na garagem. É claro que não me lembro onde estacionei. Fiz isso tão rapidamente porque precisava terminar uns relatório em casa, que não tive tempo de decorar a vaga. Correto. Finalmente o encontro: ali, cheio de poeira. Me acomodo e acelero porque 'o tempo voa', 'o tempo não espera ninguém'. Meu carro fica parado num congestionamento durante alguns preciosos minutos, mas quando finalmente 'desengarrafa', é só acelerar de novo. Estaciono em frente ao escritório, bato a porta e saio. Enquanto tento atravessar a rua, lembro de um fato importante: minha bolsa e meus relatórios ficaram no carro desde ontem, no banco de trás. Eu, então, abro novamente a porta, pego minhas coisas, atravesso a rua e finalmente chego onde devia. Ah, que maravilha! Só 10 minutinhos atrasada. Dou 'bom dia' à minha supervisora enquanto ajeito o cabelo que o vento despenteou e disfarço um sorriso sem graça. Sento em minha cadeira e olhando pela janela eu me pergunto por que a partir daquele momento o tempo vai parecer tão preguiçoso.

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