Para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de etiqueta, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
terça-feira, 28 de abril de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Quinta-feira, resolvo finalmente voltar a asistir as aulas do pré, reecontro Ray e Alana, aula mista com ênfase em química orgânica, sala lotada, mas eis que chega a hora da saída; fomos andando como de costume e na metade do caminho, aquele super temporal desaba sobre nossas cabeças. Nenhuma de nós com guarda-chuva e eu com minha querida bolsa de tecido, sentindo que meu caderno, minhas folhas e livros estavam abosorvendo toda a água do mundo. Toda não, porque nosso cabelo dava conta de absorver boa parte. Nós três e mais ninguém nas ruas durante quase todo o trajeto. A gente riu de vontade de chorar e correu de medo, arrumei uma sacola no único boteco-pé-sujo aberto e guardei a minha bolsa. Vinte minutos embaixo da marquise e pudemos ir para casa. Quando desci do ônibus, mais chuva e ainda sim, estava infinitivamente alegre por ter estado com elas. Sobre meu caderno e livros molhados, foi só imprensão minha. Estava tudo perfeitamente seco, diferente de mim.
O dia está perfeitamente azul hoje. E eu gosto tanto de azul! Não pra me vestir ou pra comer azul, mas pra olhar é bonito! O tempo passando rápido, como de costume e parece que nas últimas semanas, eu vi dezenas de céus azuis, centenas de noites pretas e milhares de notícias ruins no noticiário da TV, mas eu nunca me acostumo.
terça-feira, 21 de abril de 2009
O que me consome
Consumo e some também
O que me consola
Esmola não me faz bem
O que me atola
É lama que não sai, Dalai
O que me atura
Não dura, nem fica, nem vai
O que me chateia
Passeia numa tarde nublada
O que me incendeia
Derruba essa porta fechada
O que me apaga
Alaga até pensamento
O que me assola
Decola no sopro do vento
O que me persegue
Não consegue ficar pra trás
O que me assusta
Se nada é um pouco mais
O que me domina
Controle não é paz
O que me fascina
Repele e tanto faz.
Consumo e some também
O que me consola
Esmola não me faz bem
O que me atola
É lama que não sai, Dalai
O que me atura
Não dura, nem fica, nem vai
O que me chateia
Passeia numa tarde nublada
O que me incendeia
Derruba essa porta fechada
O que me apaga
Alaga até pensamento
O que me assola
Decola no sopro do vento
O que me persegue
Não consegue ficar pra trás
O que me assusta
Se nada é um pouco mais
O que me domina
Controle não é paz
O que me fascina
Repele e tanto faz.
Divã - Jay Vaquer
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Hoje ela acordou cedo, me ligou e disse que teve um sonho estranho.
- Imagina só a sua tia do norte dizendo que vem pra sua casa com os 7 filhos passar o feriadão?
Nada de mais, foi só um sonho desses que a gente nem imagina porque habitam a nossa cabeça durante a noite. Continuei ouvindo e respondendo, ouvindo e respondendo enquanto tentava arrumar o cabelo.
Me falou que comprou roupas, sandálias e que lembrou de mim quando viu um all star bonitinho na loja da frente. Imagino que falamos muito. Contei sobre programas que vi na TV, sobre os livros que preciso resumir, rimos um pouco lembrando dos vendedores de pastel na semana passada. Ela me deu uma receita de salmão com molho de abacaxi.
- Eu odeio abacaxi, você sabe.
- Você precisa experimentar!
Comecei a pegar coisas em cima da mesinha que não poderiam ser esquecidas, joguei tudo dentro da bolsa, sentei desajeitadamente no sofá enquanto ela me contava sobre os últimos feitos de sua prima oferecida. Contei a ela tudo o que me havia feito rir essa semana. Junto a isso, tudo o que havia me tirado a paciência.
- Eu não fico mais calada!
Fui em direção à porta, pus a mão na maçaneta.
- Espera, não posso sair com o telefone!
E rimos muito mais.
- Te ligo mais tarde.
- Imagina só a sua tia do norte dizendo que vem pra sua casa com os 7 filhos passar o feriadão?
Nada de mais, foi só um sonho desses que a gente nem imagina porque habitam a nossa cabeça durante a noite. Continuei ouvindo e respondendo, ouvindo e respondendo enquanto tentava arrumar o cabelo.
Me falou que comprou roupas, sandálias e que lembrou de mim quando viu um all star bonitinho na loja da frente. Imagino que falamos muito. Contei sobre programas que vi na TV, sobre os livros que preciso resumir, rimos um pouco lembrando dos vendedores de pastel na semana passada. Ela me deu uma receita de salmão com molho de abacaxi.
- Eu odeio abacaxi, você sabe.
- Você precisa experimentar!
Comecei a pegar coisas em cima da mesinha que não poderiam ser esquecidas, joguei tudo dentro da bolsa, sentei desajeitadamente no sofá enquanto ela me contava sobre os últimos feitos de sua prima oferecida. Contei a ela tudo o que me havia feito rir essa semana. Junto a isso, tudo o que havia me tirado a paciência.
- Eu não fico mais calada!
Fui em direção à porta, pus a mão na maçaneta.
- Espera, não posso sair com o telefone!
E rimos muito mais.
- Te ligo mais tarde.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
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